Um dos objetivos da AAMHN sempre foi contribuir para a dinamização do MHN, apoiando a realização de exposições temporárias organizadas pelo próprio museu ou por outras instituições culturais, de exposições itinerantes e até internacionais. Não menos importante são também as ações de manutenção das exposições de longa duração.
Case significativo do apoio da AAMHN às exposições foi o referente à coleção de 572 esculturas religiosas em marfim dos séculos XVII, XVIII e XIX, de origem indo-portuguesa.
Formada entre 1919 e 1930 por José Luiz de Souza Lima, a coleção foi penhorada à Caixa Econômica Federal em 1933 e nunca resgatada. Numa decisão histórica, o então Presidente Getúlio Vargas abriu, em 1940, crédito especial, autorizando o pagamento à CEF e a doação da coleção ao MHN.
Durante muitas décadas a coleção “Souza Lima” ficou em reserva técnica. Em 1988 a museóloga Lucila Morais Santos tomou a iniciativa de realizar uma extensa pesquisa sobre essa coleção, lançando um novo olhar sobre a mesma que possibilitou a curadoria de exposições inéditas e a edição de seus catálogos.
A AAMHN abraçou a causa de divulgar a coleção “Souza Lima”.
Em 1993, foi realizada no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, a primeira grande exposição, denominada “A Arte do Marfim – Do Sagrado e da História na Coleção Souza Lima do Museu Histórico Nacional”.
Admirado pela magnitude da coleção, o então Presidente da AAMHN, Roberto Paulo Cezar de Andrade, não mediu esforços para viabilizar a ida da coleção para os Estados Unidos, o que se concretizou em1995 com a sua apresentação na sede do America’s Society, em Nova York.
Também com o apoio da AAMHN, a exposição “Arte do Marfim” foi inaugurada em 1998 em Portugal, no Museu dos Transportes e Comunicação, na cidade do Porto, no âmbito das “Comemorações dos Descobrimentos Portugueses”.
Em 2002 foi a vez dos paulistas terem acesso às esculturas em marfim, em exposição realizada na Pinacoteca de São Paulo.
A AAMHN patrocinou, ainda, duas exposições realizadas no próprio MHN: “Arte Sacra: Simbolismo e Devoção na Coleção do Museu Histórico Nacional”, em 2005, e “A Arte a Serviço da Fé – Tesouros do MHN”, em 2013, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude. Hoje parte da coleção encontra-se em exposição de longa duração.
A visibilidade, inclusive internacional, dada à coleção com o apoio da AAMHN constatou ser a mesma uma das mais importantes coleções do gênero existentes no mundo, não apenas pela quantidade de peças, mas pela qualidade das mesmas, todas em excelente estado de conservação.