Realizada por representantes dos núcleos técnicos do MHN, consultores e curadores externos, com o apoio da AAMHN e patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, foi aberta ao público no dia 9 de fevereiro de 2023 a nova exposição de longa duração do MHN.
“Îandé – aqui estávamos, aqui estamos” traz um novo olhar sobre a trajetória dos povos originários brasileiros, desde antes da chegada dos portugueses até os dias atuais. “Îandé”, em tupi, significa “nós e vocês”.
Dividida em dois eixos temáticos – “Arqueologia” e “Povos originários” –, a exposição apresenta importantes objetos etnográficos – desde o tacape (arma de madeira), que pertenceu ao líder indígena Tibiriçá, no século XVI, até um colar usado em rituais contemporâneos dos Yawanawá.
Obras recentes de artistas indígenas, como Denilson Baniwa, DiakaraDesana, Mayra Karvalho e Tapixi Guajajara,
completam a mostra, que faz uma reformulação conceitual e expográfica, após 16 anos, da exposição de longa duração sobre os povos originários brasileiros, alinhada ao tema do centenário do MHN – “Escuta, conexões e outras histórias” – e às perspectivas atuais dos povos originários.
“O discurso do museu sobre a história do Brasil tem sido alvo de uma reflexão crítica, especialmente neste momento em que celebramos 100 anos de existência”, diz Pedro Colares Heringer, diretor substituto do MHN. “Isso tem gerado uma revisão conceitual de nossas perspectivas. Îandé é fruto desse esforço e da necessidade de dar protagonismo às histórias que durante muito tempo foram invisibilizadas”.
“A exposição convida à reflexão sobre a nossa própria história sem deixar de lembrar que, a todo tempo, muitas outras estão sendo escritas. Somos um conjunto de experiências diversas que percorre tempos e espaços, conectados por uma teia, muitas vezes invisível, que liga ideias e sentimentos e gera conceitos e tradições”.
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